quarta-feira, 30 de maio de 2012

Gruta e Crânio Desenho_1963-2011, José de Guimarães


Gruta e Crânio - Desenho_1963-2011
José de Guimarães

Edição de Nuno Faria

ISBN: 978-989-97719-2-5
Preço: 35,85 euros | PVP: 38 euros

Formato: 21×26 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 464 (a cores)


[ Exposição na Fundação Carmona e Costa de 19 de Maio a 28 de Julho de 2012 ]

«O desenho, tantas vezes considerado como excepção ou intervalo, momento de repouso na produção de um artista, constitui-se em Portugal como uma disciplina de espectro muito alargado, não sendo no entanto raros os casos de artistas que embora o pratiquem de forma continuada, por esta ou aquela razão não o tornam visível. Assim sucede com José de Guimarães, artista cuja posição de franca notoriedade no panorama artístico contrasta de forma gritante e paradoxal com o desconhecimento de um tão relevante segmento do trabalho, que permanecia até hoje inédito na sua quase totalidade.

Neste livro apresentam-se desenhos que cobrem um período de quase cinquenta anos. Aquilo que é dado a ver é um conjunto de trabalhos extraordinariamente diversificado, marcado pela experimentação, pela liberdade e pela volúpia do fazer, onde se afina a mão e forma o pensamento. Entre o passatempo e a descoberta de si, o combate ao tédio e a lenta construção de uma linguagem própria, o desenho é para José de Guimarães o território por excelência de tematização da multiplicidade. Entre desenhos realizados com máquina de escrever ou a tinta projectada com aerógrafo, uma largado conjunto de desenhos eróticos inspirados das gravuras de Hokusai, desenhos de construção lenta ou esquissos de aparência infantil em que à mão é dada a liberdade e a vertigem da procura, tudo aqui se manifesta no júbilo da desordem. Gruta e Crânio – Desenho_1963-2011 constitui-se assim como uma surpreendente oportunidade de revisitação do trabalho de José de Guimarães através do desenho, a "maior tentação do espírito", segundo Paul Valéry.» [Nuno Faria]

«Os Génios seguido de Exemplos», Victor Hugo



Os Génios seguido de Exemplos

Victor Hugo

Edição de Aníbal Fernandes

Traduções de
 Aníbal Fernandes, António José Vale, Basílio Teles, 
Francisco Dias Gomes, António José de Lima Leitão, A. de S.S. Costa
Lobo, Domingos Enes, João de Deus.

ISBN: 978-989-8566-03-4
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros

Formato: 14,5×20,5 cm (brochado, com badanas) /
Número de páginas: 248 (8 imagens a 4 cores)

«Estas ondas, este fluxo e este refluxo, este vaivém terrível, este ruído de todos os sopros, [...] este infinito, este insondável, pode tudo isto estar num espírito, e chama-se então génio a esse espírito e tereis Ésquilo, tereis Isaías, tereis Juvenal, tereis Dante, tereis Miguel Ângelo, tereis Shakespeare, e olhar para estas almas é como olhar o Oceano.»

«Victor Hugo [1802-1885] começa a congeminar o livro polémico que se chamaria William Shakespeare: porque em 1864 era celebrado o tricentenário do nascimento do dramaturgo inglês; porque o seu filho François-Victor lhe pedia um prefácio às suas traduções desse autor; e porque ele próprio sonhava para esta obra outro papel: o de testamento do século XIX e da corrente estética que ficaria conhecida por Romantismo. Ficar-se-ia também a saber que aos homens do génio, sentidos por metáfora nessa diversidade imensa de águas, podemos chamar homens-oceanos. Shakespeare seria escolhido como último numa cronologia de catorze génios literários; e olhar para as suas almas seria o mesmo que olhar para o oceano. Em1864, a publicação de William Shakespeare por uma editora de Bruxelas surpreendeu e foi polémica.O título desse livro de quatrocentas páginas prometia Shakespeare mas só passava por ele de raspão; coleccionava dissertações que tinham como tema central o génio, uma delas chamada precisamente «Les Génies» (a que foi isolada e aqui traduzida para português).
Os «génios» escolhidos por Victor Hugo (Homero, Job, Ésquilo, Isaías, Ezequiel, Lucrécio, Juvenal, Tácito, João, Paulo, Dante, Rabelais, Cervantes, Shakespeare) só podem ser avaliados na sua posição cimeira pela totalidade da obra e no contexto histórico em que ela surgiu na literatura. Os Exemplos deste livro ambicionam menos: coleccionar os seus catorze estilos, os seus catorze tons, e mostrar como puderam ser sentidos e reflectidos noutra língua, a portuguesa.» [A.F].

«O Senhor de Bougrelon», Jean Lorrain


O Senhor de Bougrelon

Jean Lorrain


Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes


ISBN: 978-989-8566-04-1
Preço: 10,38 euros | PVP: 11 euros

Formato: 14,5×20,5 cm (brochado, com badanas) / Número de páginas: 112

"A mais nobre insolência de Jean Lorrain"
[Philippe Julien]

«Sobre O Senhor de Bougrelon André Breton escreveu: "A esta obra admirável não vejo nada equivalente na nossa literatura. Um destes deuses da poesia que nós, em suma, recentemente descobrimos." A sua admiração é compreensível; porque Breton considerava a "estética decadente", com a sua "sensualidade mística e loucamente perturbadora", elemento essencial da poética surrealista. Mas O Senhor de Bougrelon também é, vendo-o menos complicado pelas suas alucinações, um transformador das realidades pungentes em nobreza, um esteta perverso e atormentado, um ser de hesitações entre a fealdade humana e o esplendor da arte; e tem um fogo interior que ele sopra para recusar o real. "A mais nobre insolência de Jean Lorrain", disse-o em 1887 Philippe Julien.
Chamou-se Paul Duval em 1855, quando nasceu, e preferiu-se na literatura como Jean Lorrain. Em 1884 Jean Lorrain já era, na capital, um jornalista; um odiado jornalista, ora intelectual, ora mundano, de flechas envenenadas. A 30 de Junho de 1906 morreu; em Paris, inesperadamente, e com o cólon perfurado.
Vinte e quatro anos depois da sua morte, Rachilde — uma das suas amizades femininas mais persistentes, cúmplice na fantasia dos gestos, nos engates provocatórios, nos gostos equívocos — publicou Portraits d’Hommes e lembrou-se de Jean Lorrain: "Pobre criança grande, sempre a correr atrás do seu romantismo […]; porque ele era, ao mesmo tempo, pintor e modelo dos seus heróis. Qual o verdadeiro? Qual o falso? Saberia ele próprio dizê-lo?"» [A.F].

Leitura de
João Carlos Santana da Silva na Orgia Literária.

Pedra Angular (5)



O Ladrão e o Querubim - Drama litúrgico cristão oriental

Introdução de
Carlos Nuno Vaz
Tradução e posfácio de
Joaquim Félix de Carvalho

ISBN: 978-989-8585-00-4
Preço: 10,38 euros / PVP: 11 euros

formato: 15×21cm (brochado)  / número de páginas.: 112


O Ladrão e o Querubim foi traduzido para português porque existe a capela Árvore da Vida. Desde 11 de Setembro de 2011, ficámos mais ricos com a boa notícia da «Capela encantada de Braga», assim intitulada pelo jornalista António Marujo. Ocorria o décimo aniversário dos atentados contra as Twin Towers do World Trade Center, em Nova Iorque. Reviam-se, sem conta, as imagens do horror. Homenagens e leituras políticas colhiam o interesse universal. Quem esperaria o anúncio da edificação de uma capela, na outra margem do Atlântico, em Braga, Portugal?
Talvez um resto, animado pela esperança vigilante do profeta Jeremias, que, antes de fixar os olhos «n’uma panela a ferver» — as ameaças campeiam por todo o lado —, vislumbra «um ramo de amendoeira». Deus disse-lhe: «Viste bem.» Porque viu a ‘Primavera’, embora fosse ainda ‘Inverno’.

Joaquim Félix de Carvalho

A Cruz é o ícone máximo do perdão. É essa a teologia de
O Ladrão e o Querubim.

Carlos Nuno Vaz

Pedra Angular (4)

Deus Vem a Público
Entrevistas sobre a transcendência
 
(I volume)
António Marujo

ISBN: 978-989-97119-1-4 / Preço: 26,42 PVP: 28,00

 formato: 15×21cm; número de pp.: 480


Quem Vigia o Vento Não Semeia
José Augusto Mourão


ISBN: 978-989-97119-2-1 / Preço: 23,58 PVP: 25,00

 formato: 15×21cm; número de pp.: 368


O Nome e a Forma — Poesia reunida
José Augusto Mourão


Apresentação de José Tolentino Mendonça

ISBN: 978-989-96145-4-3 / Preço: 16,98 PVP: 18,00

formato: 15×21cm; número de pp.: 320



A Noite de Natal
Clement C. Moore

Ilustrações originais de
Jessie Willcox Smith

Tradução de Helder Moura Pereira


ISBN: 978-989-97119-7-6 / Preço: 8,49 PVP: 9,00

formato: 24×16,5cm; número de pp.: 49
Mais informação no blogue da Pedra Angular

Pedra Angular (3)


O Peixe Amarelo — Pistas para um mundo melhor
João Wengorovius Meneses 

Propostas de 
António Câmara, Carlos Zorrinho, Diogo Vasconcelos, Geoff Mulgan e Rogério Roque Amaro

ISBN: 978-989-96145-3-6 / Preço: 15,00 PVP: 16,00

formato: 15×21cm; número de pp.: 256


Ouvi do Vento
Manuela Silva


ISBN: 978-989-96145-7-4 / Preço: 14,15 PVP: 15,00


formato: 15×21cm; número de pp.: 208


Bento XVI — Um pensamento para o nosso tempo
H. Noronha Galvão


ISBN: 978-989-96145-6-7 / Preço: 11,32 PVP: 12,00

formato: 15×21cm; número de pp.: 144



Pontifical de Luxo Brácaro-Romano — Ms. 870 do Arquivo Distrital de Braga [1485-1516]
Joaquim Félix de Carvalho


Prefácio de José Marques

ISBN: 978-989-97119-0-7 Preço: 45,72 PVP: 48,00

formato: 15×21cm; número de pp.: 1128



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Pedra Angular (2)


É Este o Tempo — A experiência da missão
Manuel Clemente (Bispo do Porto)

Apresentação de João Miranda Teixeira

ISBN: 978-989-97119-4-5 / Preço: 16,98 PVP: 18,00

 formato: 15×21cm; número de pp.: 280



Um Só Propósito — Homilias e escritos pastorais
Manuel Clemente


Apresentação Américo Aguiar

ISBN: 978-989-96145-0-5 / Preço: 23,58 PVP: 25,00

 formato: 15×21cm; número de pp.: 416


O Grão de Amendoeira

José Manuel Cordeiro


ISBN: 978-989-96145-9-8  / Preço: 12,26 PVP: 13,00

formato: 15×21cm; número de pp.: 176




O Padre — Do mistério ao ministério

José Manuel Cordeiro


ISBN: 978-989-96145-5-0 / Preço: 13,00 PVP: 14,00

 formato: 15×21cm; número de pp.: 192



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Pedra Angular (1)


Para Uma Ética Partilhada
Enzo Bianchi


Tradução de Artur Morão


ISBN: 978-989-96145-2-9 / Preço: 9,43 PVP: 10,00

formato: 15×21cm; número de pp.: 112


A Palavra que Leva ao Silêncio
Um manual de meditação cristã
John Main
Tradução de Artur Morão

ISBN: 978-989-97119-3-8 / Preço: 9,43 PVP: 10,00

formato: 15×21cm; número de pp.: 112


Existe Deus?
Um confronto sobre verdade, fé e ateísmo
Joseph Ratzinger e Paolo Flores d’Arcais


Tradução de Artur Morão

ISBN: 978-989-96145-1-2 /  Preço: 13,21 PVP: 14,00

formato: 15×21cm; número de pp.: 160




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Livros de Bolso BI *

Joseph Conrad
HISTÓRIAS INQUIETAS

Tradução e notas de Carlos Leite

Colecção BI 082 | PVP: 7 euros

D.H. Lawrence
AMOR NO FENO E OUTROS CONTOS

Tradução de Maria Teresa Guerreiro

Colecção BI 081 | PVP: 7 euros
 Eça de Queirós
A CIDADE E AS SERRAS

Colecção BI 069 | PVP: 7 euros

 Nikolai Gógol
O BRUXO VÍI

Tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra

Colecção BI 067 | PVP: 5 euros
 Eça de Queirós
FRADIQUE MENDES
(Memórias e Notas)


Colecção BI 065 | PVP: 5 euros

 Luigi Pirandello
PENA DE VIVER ASSIM
Tradução de Anna Caruso

Colecção BI 064 | PVP: 4 euros

 Almeida Garrett
VIAGENS NA MINHA TERRA

Colecção BI 063 | PVP: 8 euros
 Camilo Castelo Branco
MARIA MOISÉS

Colecção BI 048 | PVP: 5 euros
Walt Whitman
CANTO DE MIM MESMO

Tradução de José Agostinho Baptista

Colecção BI 045 | PVP: 5 euros

[ * Distribuimos apenas estes 9 títulos ]

«Boligán – Espelho de tinta», Angel Boligán Corbo


Boligán – Espelho de tinta

Angel Boligán Corbo


Apresentação de Jorge Zepeda Patterson
Selecção e edição de António Antunes

ISBN: 978-989-8566-01-0
Preço: 23,58 euros | PVP: 25 euros

Edição: Janeiro 2012 | Distribuição: Março 2012
Formato: 24×28cm (encadernado) / Número de páginas: 128 (4 cores)


Boligán nasceu em 1965, em San Antonio de los Baños, La Habana, Cuba.Começou a colaborar como caricaturista no Museu Internacional de Humor da sua terra natal em1980 e publica regularmente os seus desenhos na imprensa nacional cubana desde 1983. Foi professor de artes plásticas em 1987 e em 1992 viajou pelo México, onde reside desde então.

«Os desenhos de Boligán provocam o sorriso imediato.Nos seus cartoons há um olhar sagaz e crítico, mas não amargo.
As suas figuras humorísticas são os grandes banqueiros, empresários e o alto clero, geralmente desenhados com corpos enormes e inchados e cabeças liliputianas. E vice-versa, quanto mais simpática é a personagem que cria, mais possibilidades tem de ser desenhada com uma cabeça de proporções razoáveis.
A compilação destes cartoons de Boligán constitui um esplêndido objeto de desejo. Um volume que nos recompensa de imediato com o prazer estético do desenho e a celebração do humor que se entranha. E um efeito secundário, graças ao impacto de uma capacidade inventiva que continua a assaltar-nos muitos dias depois de termos fechado as páginas deste livro.»

Da apresentação de Jorge Zepeda Patterson.


Este livro foi publicado por ocasião da mostra Cartoon Xira’2011, de 18 de fevereiro a 25 de março de 2012. Com a organização da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Celeiro da Patriarcal, Vila Franca de Xira.

«Cartoons do Ano 2011», António, André Carrilho, Augusto Cid, Cristina Sampaio, António Jorge Gonçalves, Maia, Henrique Monteiro, António Viana


Cartoons do Ano 2011
António, André Carrilho, Augusto Cid, Cristina Sampaio, António Jorge Gonçalves, Maia, Henrique Monteiro, António Viana

Introdução de Henrique Monteiro

ISBN: 978-989-8566-00-3
Preço: 23,58 euros | PVP: 25 euros

Edição: Janeiro 2012 | Distribuição: Março 2012
Formato: 24×28cm (encadernado) / Número de páginas: 120 (4 cores)

Talvez a caricatura e o cartoon político sejam a forma mais eficaz da crítica jornalística. Não é por acaso que a história de boa parte da fase final da monarquia (entre 1880 e 1902) pode ser acompanhada através do Álbum das Glórias, desenhado por esse antepassado de todos os cartoonistas portugueses que foi o grande Rafael Bordalo Pinheiro. A crítica mordaz de Bordalo mantém-se e avoluma-se agora, como sempre acontece em tempos de crise. Na vertente do humor corrosivo que é a crítica política, tantas vezes injusta mas sempre necessária, conseguem-se janelas de liberdade importantes através do desenho e do traço artístico.
Basta percorrer os desenhos relativos ao Governo de Sócrates e à sua sucessão, bem como os que dizem respeito a Belém, para me convencer (a mim próprio, pelo menos, se mais ninguém me acompanhar no raciocínio) de que algumas caras que lá encontramos têm mais hipótese de chegar à posteridade à boleia de um artista do que em função dos atos praticados em prol da Pátria. Mas adiante...
Já outros desenhos captam momentos muito precisos. Por exemplo, aquele Obama com uma tabela de basquete tão alta e tão longe do seu objetivo, é o retrato de uma desilusão, como os diversos Khadaffi são símbolos de uma esperança.
O futuro dir-nos-á se essa desilusão e esperança se conformaram, ou pelo contrário, serão os cartoons a tornar-se incongruentes.
Mas é a crise, a maldita crise, espelhada também no Governo atual, de Passos Coelho, bem como nos episódios já de si caricaturais como são todos os que envolvem Alberto João Jardim que, quanto a mim, espelham de forma mais luminosa a realidade. Porque, paradoxalmente, é no esconjuro da desgraça que se encontra muito do melhor humor, visível no tango em que Merkel sufoca Sarkozy, como no país que não é para novos, na tabuleta fúnebre da televisão pública ou nos esqueletos no armário dos partidos do poder.

Henrique Monteiro

Este livro foi publicado por ocasião da mostra Cartoon Xira’2011, de 18 de fevereiro a 25 de março de 2012. Com a organização da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Celeiro da Patriarcal, Vila Franca de Xira.

«Antes Que Me Lembre», Manuel Caldeira, Marcelo Costa, Jorge Nesbitt, João Miguéis


Antes Que Me Lembre

Manuel Caldeira, Marcelo Costa,
Jorge Nesbitt, João Miguéis

Textos de Manuel Castro Caldas, Bruno

Marchand, Sara Antónia Matos, João Miguel
Fernandes Jorge, Maria João Mayer Branco


ISBN: 978-989-97719-0-1
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Edição: Janeiro 2012 | Distribuição: Março 2012
Formato: 15×21cm (brochado) [ bilingue: português e inglês]
Número de páginas: 152 (96 pp. a 4 cores)


Este livro foi publicado por ocasião da exposição Antes que me lembre, de 22 de fevereiro a 14 de abril de 2012, realizada na Fundação Carmona e Costa, Edifício Soeiro Pereira Gomes, Lote 1, 6.º direito, em Lisboa.

Os quatro artistas cujo trabalho aqui é mostrado são pintores, pois é a pintura que, antes de tudo o resto, os abandonou e eles abandonam. Chamados a transformar esse abandono em produtiva separação — condição de ascese e exercício — perseguem o ser-em-fuga, cientes de que nada sobra, intacto ou «puro», para agarrar. Daí os heterogéneos compósitos, registando o que, simultaneamente afastado e vizinho, retido e descartado, se redistribui segundo a nova proximidade do arcaísmo, que «em nenhum outro ponto pulsa com mais força do que no presente». Chamaremos desenho (que outro nome dar-lhe?) ao mecanismo responsável por este registo: uma mão «ideal» funda o espaço lógico onde a oposição entre afirmação e negação se desactiva e propicia o «encontro secreto (…) entre o arcaico e o presente». Mão inexistente, visto que o seu toque é o «ideal do tocar», onde «o que toca não está separado do que é tocado senão por uma inexistência (…)».
Não podendo ser feita, a impossível pintura não pode senão ser tocada (João Miguéis), ela própria tocando e sendo tocada pela escultura (Manuel Caldeira), ou ambas pela Cerâmica (Marcelo Costa), ou antes e ainda pela Ilustração (Jorge Nesbitt). Imitando a vida que imita a arte que imita a pintura, o desenho revolve o chão do mesmo, ligando os tempos que nele se ocultam, que nele se exaltam. De olhos postos na sombra, no assombro, na assombração.

Manuel Castro Caldas

«Éden – O filme desta terra», Tomás Maia e Anfré Maranha


Éden – O filme desta terra
Tomás Maia | André Maranha


Traduções de Bruno C. Duarte

ISBN: 978-989-8566-02-7
Preço: 11,32 euros | PVP: 12 euros

Edição: Janeiro 2012 | Distribuição: Março 2012
Formato: 17×21cm (brochado, c/ badanas) / Número de páginas: 104 (32 a 4 cores)

[ «No interior, a partir do que é distinto forma-se um espírito solene.Tão simples são porém as imagens, tão sagradas, que muitas vezes realmente se teme descrevê-las. Os celestiais, porém, sempre clementes, tudo de uma só vez, como ricos, possuem-nas, virtude e alegria. Tudo isto pode o homem imitar. Pode um homem, quando a vida é puro esforço, olhar para o alto e dizer: assim quero eu ser também? Sim. Enquanto perdurar ainda no coração a amabilidade, a pura, não será infortunadamente que o homem se mede com a divindade. Será Deus desconhecido? Será manifesto como o céu? — antes o creio. É do homem a medida. Pleno de mérito, mas poeticamente, assim habita o homem nesta terra. Mais pura porém não é a sombra da noite comas estrelas, se me é permitido dizê-lo, do que o homem, de quem e diz que é uma imagem da divindade. Existirá na terra uma medida? Nenhuma existe.» ] De F.Hölderlin, Num ameno azul…

Os textos e as imagens deste livro reportam-se a Éden – o filme desta terra,
André Maranha e Tomás Maia, 2012

Eva: Alessandra Salvini; Adão: Diogo Saldanha; Voz: Ursula Rütt-Hamacher

Extractos de Num ameno azul…, e de Notas sobre Antígona (II), de Friedrich Hölderlin
Traduções de Bruno C. Duarte
Suporte: Película 16 mm, cor, 30’ aprox.