terça-feira, 16 de junho de 2015

A Imagem-Tempo. Cinema 2 I Gilles Deleuze


A Imagem-Tempo. Cinema 2
Gilles Deleuze

Tradução de Sousa Dias

ISBN: 978-989-8566-98-0

Edição: Maio de 2015

Preço: 23,58 euros | PVP: 25 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado)
Número de páginas: 448


A teoria do cinema não recai sobre o cinema mas sobre os conceitos do cinema, que não são menos práticos, efectivos ou existentes do que o próprio cinema. Os grandes autores de cinema são como os grandes pintores ou os grandes músicos: ninguém fala melhor do que eles do que fazem. Mas, ao falarem, tornam-se outra coisa, tornam-se filósofos ou teóricos, até mesmo Hawks que não queria saber de teorias, até mesmo Godard quando finge desprezá-las. Os conceitos do cinema não estão dados no cinema. E no entanto são os conceitos do cinema, não teorias sobre o cinema. Pelo que há sempre uma hora, mais cedo ou mais tarde, em que já não se trata de perguntar «o que é o cinema?» mas «o que é a filosofia?». O cinema em si é uma nova prática das imagens e dos signos da qual a filosofia tem de fazer a teoria como prática conceptual. Porque nenhuma determinação técnica, seja aplicada (psicanálise, linguística) ou reflexiva, é suficiente para constituir os conceitos do próprio cinema.

Gilles Deleuze (1925-1995) é hoje internacionalmente considerado como um dos nomes maiores do pensamento contemporâneo. Michel Foucault, outra grande referência da filosofia do nosso tempo, considerava Deleuze o único verdadeiro filósofo de todo o século XX francês. E o italiano Giorgio Agamben, talvez o mais importante filósofo vivo, afirmou algures que o século XX só conheceu dois filósofos da estatura dos grandes clássicos da história da filosofia: o alemão Heidegger e, precisamente, Deleuze. A obra filosófica de Deleuze teve, já em vida do pensador, mas vem tendo entretanto cada vez mais, e por toda a parte, uma extraordinária importância não só na filosofia mas em vários outros domínios, uma vez que essa obra sistematicamente confrontou, de uma forma sempre criativa, a filosofia com a literatura, a psicanálise, o cinema, a pintura, a ciência e a política.

João Queiroz: Stanca Luce I João Queiroz, Bruno Marchand



João Queiroz: Stanca Luce
João Queiroz, Bruno Marchand

Edição bilingue – português/inglês

ISBN: 978-989-8618-64-1

Edição: Maio de 2015

Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros
Formato: 24 × 32 cm [encadernado]
Número de páginas: 96 (a cores)

[ Co-edição: Fundação Carmona e Costa ]


Este livro foi publicado por ocasião da exposição «João Queiroz: Stanca Luce», com curadoria de Bruno Marchand, realizada na Fundação Carmona e Costa de 23 de Maio a 27 de Junho de 2015.



Vale a pena sublinhar que o facto de a representação da paisagem ocupar hoje o centro da prática artística de João Queiroz […] deve-se, sobretudo, ao facto de a paisagem ser um campo de experiência que reúne um conjunto de condições que facilitam quer a exploração da somatização perceptiva, quer a sua materialização em pintura. No topo deste conjunto de condições está o facto de a paisagem convocar, imediata e inequivocamente, o corpo como medida da experiência. E fá-lo através de um conjunto de características que com ele partilha: também os elementos naturais ocupam um lugar, têm peso, têm um alto e um baixo, um à frente e um atrás, um esquerdo e um direito, um dentro e um fora; também eles se articulam, se movimentam e envelhecem; também eles habitam o mundo, resistem, caem e desaparecem. Esta equivalência física entre o corpo e a natureza é o factor que permite que tenhamos consciência de que o nosso envolvimento com a paisagem se processa, a um tempo, na base de uma relação imanente e transcendente: ou seja, na base de uma relação que nos diz que partilhamos com ela uma mesma condição física no mundo, mas também que ela nos escapa, nos ultrapassa, nos é absolutamente alheia. [ Bruno Marchand ]




João Queiroz nasceu em Lisboa em 1957. Licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1984. Entre 1989 e 2002 leccionou Desenho, Pintura e Teoria de Arte no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, onde foi também um dos responsáveis pelo Curso Avançado de Artes Plásticas. Em 2000 foi-lhe atribuído o Prémio EDP de Desenho.

Incandescência – Cézanne e a pintura I Tomás Maia, Sara Antónia Matos


Incandescência – Cézanne e a pintura
Tomás Maia, Sara Antónia Matos

ISBN: 978-989-8618-65-8

Edição: Maio de 2015

Preço: 9,43 euros | PVP: 10 euros
Formato: 16 ×22 cm [brochado, com badanas]
Número de páginas: 64

[ Co-edição: Atelier-Museu Júlio Pomar ]


Se o divino designa o que perpetuamente dá vida, tal implica em pintura uma mimese do Sol. É que o Sol — como Cézanne terá também lido no mesmo texto de Balzac — é «esse divino pintor do universo».

O divino irradia-se materialmente do Sol: «Tudo, seres e coisas, não passa de uma maior ou menor quantidade de calor solar armazenado, organizado, uma recordação de sol, um pouco de fósforo que arde nas meninges do mundo.»

O Sol existe morrendo (consumindo-se) a pintar (o universo).

Mas o próprio Sol — tal como a morte — requer um mediador, um representante (o Sol e a morte, como declarou La Rochefoucauld numa das suas Máximas, não podem ser vistos de face ou fixamente). É essa a descoberta a que chega Cézanne: o Sol não se deixa reproduzir, e é necessária outra coisa para representá-lo — uma outra coisa que dá pelo nome de cor.

Fazer a mimese do Sol significa então: na impossibilidade de o representar, pinta-se (um quadro) como o Sol pinta (o universo). O pintor — o pintor da pintura divina, aquele que faz a mimese do Sol — só pode existir morrendo a pintar. Não como quem se sacrifica diante de um astro, mas como quem devolve o dom que é o Sol.

[…]

Que haja luz (em vez de obscuridade total), que haja visível (e não só audível, táctil, etc.), eis o dom com o qual alguém — um pintor — nunca se conforma. Dom que excede tudo o que é dado (toda a forma visível) e que leva assim alguém — o mesmo pintor — a repetir esse dom sob uma forma eterna. A pintura eterniza o dom universal da luz. [ Tomás Maia ]

Jorge Molder – Un dimanche… I Jorge Molder


Jorge Molder – Un dimanche…
Jorge Molder

Edição bilingue – português/inglês

ISBN: 978-989-8618-66-5

Edição: Maio de 2015

Preço: 11,32 euros | PVP: 12 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado)
Número de páginas: 64 (a cores)

[ Co-edição: Câmara Municipal de Famalicão – Galeria Ala da Frente ]


Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Jorge Molder – un dimanche…», com curadoria de António Gonçalves, realizada para a inauguração pública da Galeria (municipal) Ala da Frente, em Vila Nova de Famalicão, de 30 de Maio a 11 de Setembro de 2015.

A minha casa, você ainda se lembra dela, tem espelhos e vidros que nunca mais acabam. É isso que a multiplica e que me faz sentida vontade de percorrer sempre e imparavelmente o seu espaço. Não é como no caso dos malucos e dos que precisam de andar para pensarem. É mais uma espécie de dança e de meia conversa com fantasmas familiares. E, às vezes à noite, quando os vidros são mais negros e os espelhos devolvem mais reflexos, há um ou outro, embora raramente, que me dá pequenos sinais. [Do conto «Un dimanche…», Jorge Molder]

A Composição do Ar – Coleção permanente e outras obras I Nuno Faria, Eglantina Monteiro e Emília Tavares



A Composição do Ar – Coleção permanente e outras obras
Nuno Faria, Eglantina Monteiro e Emília Tavares

Edição bilingue – português/inglês

ISBN: 978-989-99307-7-3

Edição: Maio de 2015

Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 16 x 24 cm
Número de páginas: 160 (a preto e branco e a cores)

[ Co-edição: A Oficina – CIAJG ]

«Representar o ar, ou seja, representar aquilo que não se vê, é, talvez desde tempos de que já não nos lembramos, uma das aspirações da prática artística. O ar é matéria e meio. É matéria (vital) sem estrutura, sopro sem corpo. É um meio: transporta coisas, engendra ideias, faz-se respirar. A tentação do ar é também uma aspiração ao voo, uma fuga ao peso, a superação da gravidade. Subir acima do horizonte para ver mais e melhor. Se pensarmos bem, o ar é aquilo que nos liga – na mais integral aceção da palavra ligação – aos corpos, às coisas, aos objetos em geral. À ínfima camada de ar, impalpável e imperscrutável, que envolve um objeto, de arte ou não, chamamos aura. Trata-se de uma qualidade inexplicável que algumas coisas transportam e que as transforma em objetos de desejo, em coisas amadas e contempladas. No CIAJG os objetos atravessam o tempo e cruzam fronteiras para estabelecerem encontros cujo sentido é mais ou menos evidente, mais ou menos visível.» [ Nuno Faria ]

Catálogo publicado por ocasião da exposição «A Composição do Ar – Colecção permanente e outras obras», apresentada na Plataforma das Artes e da Criatividade / CIAJG, Guimarães, de 26 de Julho a 12 de Outubro de 2014.

O CIAJG reúne peças oriundas de diferentes épocas, lugares e contextos em articulação com obras de artistas contemporâneos. Ao longo de um percurso pelas oito salas que constituem o piso 1 do edifício, os visitantes poderão rever alguns dos ex-libris das colecções, mas também descobrir novas peças que integram as constelações de objectos e imagens organizadas a partir de tipologias como: arcaico/contemporâneo; acontecimento/história; estranho/familiar; erudito/popular;material/imaterial.