segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O Museu como Veículo de Desenvolvimento Crítico e Social


O Museu como Veículo de Desenvolvimento Crítico e Social
Uma visão integrada do Serviço Educativo 
do Atelier-Museu Júlio Pomar

Apresentação de Sara Antónia Matos

Textos de Liliana Coutinho e Sara Antónia Matos 
Fotografia de Teresa Santos

ISBN: 978-989-8834-48-5

Edição: Novembro de 2016
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 17,6 x 21,6 cm [brochado]
Número de páginas: 140

[ Em colaboração com o Museu-Atelier Júlio Pomar ]


Na contemporaneidade, os museus anseiam, cada vez mais, chegar a novos públicos e marcar a diferença na vida das pessoas. Além da actividade expositiva, a instituição museológica procura agora gerar eventos de todo o género (conferências, debates, workshops, simpósios, visitas às reservas, lançamentos de publicações, etc.) e transformar-se num fórum aberto à experiência da partilha e à discussão crítica. […]
No âmbito desta nova dinâmica, esta publicação, O museu como veículo de desenvolvimento crítico e social, dá conta do trabalho realizado durante três anos e meio pelo Serviço Educativo no Atelier-Museu Júlio Pomar e surge como o meio e o momento oportunos para se reflectir sobre a função deste serviço no domínio mais lato da acção do museu.
O Serviço Educativo arrancou com a abertura do equipamento no dia 5 de Abril de 2013 por se considerar indispensável para a criação de ferramentas relacionadas com as obras de arte e com as exposições que, em si mesmas, envolvem a proposição de discursos e ideias; e fundamental para ajudar a estruturar um espaço de construção da subjectividade e do posicionamento ideológico, o qual é tanto mais efectivo quanto mais hábitos de pensamento crítico houver. É isso que constitui a verdadeira liberdade e é esse espaço que os museus, muitas vezes através dos serviços educativos, ambicionam implementar. Haverá conceito mais difícil de cumprir e de ajudar a construir do que a liberdade?
[…]
O Serviço Educativo pode incutir a ideia de que o contacto com a arte envolve uma «responsabilidade comum»: a capacidade que os cidadãos têm em conjunto, uns artistas e outros não, uns mais especializados e outros menos, para transformar a sua vida e o mundo que habitam.
Isso significa que os sujeitos participam na construção e representação do seu espaço, e têm a capacidade de manifestar a sua voz, aparecendo e fazendo-se ouvir. Deste modo, inverte-se o mito da origem e o do destino, atribui-se poder de transformação ao receptor, a obra artística é pensada como um dispositivo que participa nessa modificação e o museu pode transformar-se num veículo de desenvolvimento crítico e social.

[Sara Antónia Matos]

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