quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

José de Almada Negreiros: Uma maneira de ser moderno I Mariana Pinto dos Santos (ed.)



José de Almada Negreiros: Uma maneira de ser moderno
Edição de Mariana Pinto dos Santos

Textos de Ana Vasconcelos, Carlos Bártolo, Fernando Cabral Martins, Gustavo Rubim, Luís Trindade, Mariana Pinto dos Santos, Marta Soares, Sara Afonso Ferreira, Tiago Baptista, Luis Manuel Gaspar (cronologia).

ISBN: 978-989-8834-54-6

Edição: Fevereiro de 2017
Preço: 42,45 euros | PVP: 45 euros
Formato: 24x29 cm [brochado]
Número de páginas: 424

[ Em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian ]


Livro publicado por ocasião da exposição «José de Almada Negreiros: Uma maneira de ser moderno», de José de Almada Negreiros, com curadoria de Mariana Pinto dos Santos, realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, de 3 de Fevereiro a 5 de Junho de 2017.

Na conferência O Desenho (1927), que Almada Negreiros profere em Madrid a propósito da sua exposição individual promovida por La Gaceta Literaria, […], dirá: «Isto de ser moderno é como ser elegante: não é uma maneira de vestir mas sim uma maneira de ser. Ser moderno não é fazer a caligrafia moderna, é ser o legítimo descobridor da novidade.» Podendo o moderno ser visto como a adesão a um figurino, a uma moda, Almada afirma-o antes um modo de ser, que implica não só a recepção do tempo presente, mas a acção sobre ele, não a adesão ao moderno, mas fazer acontecê-lo. Este modernismo entendido enquanto acção constituinte da modernidade está estritamente ligado à ideia de vanguarda. [Mariana Pinto dos Santos]

Joaquim Rodrigo – A contínua reinvenção da pintura I Pedro Lapa


Joaquim Rodrigo – A contínua reinvenção da pintura

ISBN: 978-989-8834-37-9

Edição: Novembro de 2016
Preço: 23,58 euros | PVP: 25 euros
Formato: 16x22 cm [encadernado]
Número de páginas: 456

[ Em colaboração com o Casino da Póvoa ]


Este ensaio consiste num estudo compreensivo sobre a obra de Joaquim Rodrigo, pretende demonstrar como o artista realizou um projeto modernista atualizado e quase sempre vago em Portugal, reformulou os interditos da pintura moderna e a transformou numa linguagem narrativa sobre o mundo como testemunho e dela soube tirar consequências para uma nova formalização estrutural das suas convenções, o que possibilitou uma reinvenção da própria pintura a que a sua obra deu continuidade. O seu percurso tornou-se singular no quadro da história da arte ocidental do século XX. Apesar de uma receção crítica ímpar no curso das quatro décadas do seu desenvolvimento — significativa das múltiplas possibilidades interpretativas que cada perspetiva e geração encontrou nesta pintura —, ela não foi ainda confrontada na sua totalidade com a história da arte nacional e internacional, onde ganham relevância as especificidades dos seus posicionamentos, mesmo quando estes parecem arredados das problemáticas dominantes. [Pedro Lapa]


Pedro Lapa é professor convidado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e diretor artístico do Museu Colecção Berardo. Foi durante 11 anos diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, entre 2004 e 2008 foi curador da Ellipse Foundation e entre 2008 e 2010, professor convidado da Escola das Artes da Universidade Católica de Lisboa. Tem vários ensaios publicados e comissariou muitas exposições em todo o mundo, das quais se destacam as retrospetivas de Amadeo de Souza-Cardoso, Man Ray, Picabia ou as coletivas More Works About Buildings and Food, Disseminações, Cinco Pintores da Modernidade Portuguesa, Stan Douglas? The Sandman? e a antológica dedicada a James Coleman. Em 2001 foi o curador da representação portuguesa à Bienal de Veneza. O Grémio Literário atribuiu-lhe o Grande Prémio de 2008 e o Ministro da Cultura de França, Frédéric Mitterrand, concedeu-lhe a distinção de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres, em 2010.

Mário Cesariny e O Virgem Negra ou A morte do autor e o nascimento do actor I Fernando Cabral Martins


Mário Cesariny e O Virgem Negra
ou A morte do autor e o nascimento do actor

ISBN: 978-989-8834-45-4

Edição: Novembro de 2016
Preço: 13,21 euros | PVP: 14 euros
Formato: 14,5x20,5 cm [brochado]
Número de páginas: 152

[ Em colaboração com a Fundação Cupertino de Miranda ]



Este livro foi publicado por ocasião dos «X Encontros Mário Cesariny» realizados na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, de 24 a 26 de Novembro de 2016.

Cesariny, uma arte da montagem. Pessoa, uma arte do desdobramento. Um e outro têm um sistema que os organiza e fundamenta, o Surrealismo para um, a heteronímia para o outro. Mas o Surrealismo de Cesariny é pouco ortodoxo e muito ligado ao contexto próprio português. E a heteronímia presta-se demasiado a leituras delirantes, e, na verdade, acaba sendo semi-abandonada por Pessoa nos seus últimos anos. Um e outro estão entre os poucos realmente grandes poetas do século XX, e é intrigante que o mais novo deles tenha dirigido ao primeiro uma diatribe tão violenta como O Virgem Negra. A hipótese aqui desenvolvida, em duas séries de comentários, é que não é Pessoa que é atacado (nem as suas obras maiores), mas o mito que dele se criou, e, sobretudo, certos persistentes lugares-comuns da sua leitura.

Fernando Cabral Martins é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, onde ensina Estudos Pessoanos. Preparou diversas edições de Fernando Pessoa, e ainda de Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Alexandre O'Neill e Luiza Neto Jorge. Coordenou em 2008 um Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português, com noventa colaboradores. Publicou antologias comentadas e livros de ensaio sobre literatura e pintura. Publicou também livros de ficção, entre eles Os Fantasmas de Lisboa, em 2012. Com Irene Freire Nunes, traduziu Boris Vian (1997) e os trovadores provençais (2014). Organiza, com Richard Zenith, uma colecção de antologias de Fernando Pessoa, «Pessoa Breve».

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Sérgio Dias Branco I Conferência e Lançamento (Convite)


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Seminário de Doutoramento em Arte Contemporânea
Conferência de Sérgio Dias Branco e lançamento do livro Por Dentro das Imagens
17 de Fevereiro de 2017, sexta-feira, às 14h00



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O Bem nas Coisas – A publicidade como discurso moral I Emanuele Coccia


O Bem nas Coisas – A publicidade como discurso moral

Tradução de Jorge Leandro Rosa

Edição de Pedro A.H. Paixão

ISBN: 978-989-8834-51-5

Edição: Dezembro de 2016
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm [brochado]
Número de páginas: 184 (impressas a cores)


[ Em colaboração com a Fundação Carmona e Costa ]


O amor pelas coisas abre o reino das mercadorias. Esse amor é exibido em todas as dimensões do espaço público das nossas cidades, basta abrirmos «os olhos para que todo o espaço entre o nosso corpo e o horizonte seja uma única e infinita exposição de mercadorias». Ou talvez seja o inverso, talvez sejam as mercadorias — entidades misteriosas, como lembrava Marx — que abrem novas possibilidades para a expressão do amor, sendo a publicidade a sua proclamação e o seu conto moral. Nas palavras de Emanuel Coccia: «No presente livro tentei reconhecer, por detrás de um fenómeno invasivo e omnipresente, que foi quase exclusivamente descrito como produção de um impreciso mal social, os termos de uma moral positiva enquanto facto apoiado numa lógica de produção, de busca e de jouissance de um bem específico».

Para a apresentação de O Bem nas Coisas – A publicidade como discurso moral Emanuele Coccia veio a Portugal para o lançamento na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa.
Na Biblioteca de Serralves, no Porto, apresentou o livro e a conferência «What should we learn from Advertising? The Moral Iconography of the Contemporary World». No Pequeno Auditório da Culturgest em Lisboa apresentou o livro e a conferência «Life in Images. Advertising and the Invention of Lifestyle».

O Bem nas Coisas é o IV volume da colecção «Disciplina sem nome», dirigida por Pedro A.H. Paixão para a Documenta — um projecto editorial sobre pensamento e teoria de desenho com o apoio da Fundação Carmona e Costa.

Emanuele Coccia (1976) é Professor Auxiliar na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris. Das suas publicações, traduzidas em diversas línguas, destacam-se A Vida Sensível (2010), Le Bien dans les choses (2013) e La Vie des plantes (2016). Foi co-editor com Giorgio Agamben da antologia monumental Angeli. Ebraismo Cristianesimo Islam (2009).

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Julião Sarmento: O Artista como ele é – Conversas com Sara Antónia Matos e Pedro Faro


Julião Sarmento: O Artista como ele é – 
Conversas com Sara Antónia Matos e Pedro Faro

ISBN: 978-989-8834-52-2

Edição: Dezembro de 2016
Preço: 11,32 euros | PVP: 12 euros
Formato: 12 x 17 cm [brochado]
Número de páginas: 168

[ Em colaboração com o Atelier-Museu Júlio Pomar ]


Julião Sarmento: O Artista como ele é  Conversas com Sara Antónia Matos e Pedro Faro insere-se na colecção Cadernos do Atelier-Museu Júlio Pomar e dá seguimento ao projecto de entrevistas que se iniciou com Júlio Pomar: O Artista Fala… [2014], continuou com Rui Chafes: Sob a pele... [2015], surgindo agora a propósito da exposição Void*: Júlio Pomar & Julião Sarmento.
As entrevistas são feitas por ocasião do programa de exposições do Atelier-Museu que cruza a obra do pintor com artistas convidados, mostrando novas relações daquele com a contemporaneidade.
Esta publicação […] poderá servir para o leitor acompanhar e desvendar alguns dos processos mais exigentes e enigmáticos do mundo da arte, nomeadamente a criação artística e a concepção de exposições. Embora estes domínios sejam cada vez mais especializados, requerendo práticas, metodologias e saberes próprios, procurou aqui dar-se conta do processo de preparação da exposição: passando pela concepção, discussão de ideias a ela subjacentes, procura e selecção das obras, decisões de montagem e opções de materialização da exposição, bem como os avanços e recuos decorrentes do trabalho.
As conversas abrangeram questões relativas à vida pessoal, ao percurso profissional e aos posicionamentos ideológicos do autor, às conquistas e dificuldades pessoais no domínio específico das artes, e ainda às circunstâncias sociopolíticas que o mesmo viveu, ajudando a transformar ou sendo constrangido por elas.
As pequenas narrativas da vida do artista, aqui contadas pelo mesmo, oferecem-se assim como fontes históricas, de contexto, memórias a partir das quais se inferem questões relativas aos sistemas artísticos e sociopolíticos, da época e de hoje, muitas vezes revelando e pondo em cima da mesa nomes, protagonistas decisivos, que foram esquecidos ou ficaram submersos pelo tempo. [Sara Antónia Matos]

Julião Sarmento [Lisboa, 1948], artista plástico, é autor de uma obra multifacetada, tendo iniciado actividade nos anos de 1970, enquadrando-se nas práticas artísticas mais avançadas desse período. Na década seguinte iria afirmar-se como um dos artistas plásticos portugueses com maior projecção nacional e internacional, expondo em galerias e museus de grande prestígio.

Escritos de Artista em Portugal – História de um esquecimento I Catarina Rosendo


Escritos de Artista em Portugal – História de um esquecimento

ISBN: 978-989-8834-41-6

Edição: Dezembro de 2016
Preço: 16,04 euros | PVP: 17 euros
Formato: 16 x 22 cm [brochado]
Número de páginas: 240


É possível repensar a história da arte portuguesa do século XX através do recurso a fontes documentais até aqui negligenciadas pela historiografia? Este livro procura demonstrar isso mesmo, pois entende, de forma pioneira em Portugal, os escritos de artista como elementos de formação do pensamento teórico sobre as artes visuais no século XX. Na base deste estudo, está um levantamento inédito dos artistas portugueses que se dedicaram a escrever sobre as suas motivações e interrogações acerca da arte e do papel desta nos modos de expressão subjectivos e nos contextos sociais de que faz parte, e uma análise historiografia novecentista e os motivos do «esquecimento» dos escritos de artista na escrita da história da arte moderna portuguesa.
Os protagonistas deste livro são Diogo de Macedo, António Dacosta, José de Almada Negreiros, Júlio Pomar e Nikias Skapinakis, artistas sobre cuja produção escrita se reflecte; e Aarão de Lacerda, João Barreira, Reynaldo dos Santos e, sobretudo, José-Augusto França, autores cujas construções historiográficas se estudam à luz das novas fontes documentais trazidas para o debate acerca da construção da modernidade artística portuguesa. Modernismo, academismo, artes decorativas, surrealismo, abstracção, realismo, figuração, o estatuto do artista e a função do Estado na promoção das artes são alguns dos temas através dos quais se aprofundam algumas das questões discutidas num longo período que se estende da década de 1920 à década de 1970 e que tem o seu ponto nodal nos anos do pós-guerra.

Catarina Rosendo nasceu em Lisboa, 1972. Historiadora da arte. Trabalha no âmbito da arte contemporânea, através de projectos curatoriais, edições, inventariação e organização de espólios artísticos, seminários, cinema documental, membro de júris, entre outros. Investigadora, desde 2006, do Instituto de História da Arte (FCSH-UNL). Desenvolve, desde 2014, investigação curatorial para a Colecção do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves.
Integrou, entre 1995-2006, o Serviço de Exposições da Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea (Almada). Co-autora do filme documentário sobre o escultor Alberto Carneiro, Dificilmente o que habita perto da origem abandona o lugar (2008). Autora de livros e catálogos de exposição e de ensaios para catálogos de exposição, actas de congressos e imprensa. Prémio José de Figueiredo [ex aequo], Academia Nacional de Belas-Artes, 2008, com o livro Alberto Carneiro, os primeiros anos, 1963-1975 (2007).

Central Tejo – Uma biografia (1909-1990). Volume 1 I Luís Cruz, Pires Barbosa, Fernando Faria


Central Tejo – Uma biografia
(1909-1990). Volume I
Luís Cruz, Pires Barbosa, Fernando Faria

Prefácio de Jorge Custódio

ISBN: 978-989-8834-49-2

Edição: Novembro de 2016
Preço: 37,74 euros | PVP: 40 euros
Formato: 24 x 29 cm [encadernado]
Número de páginas: 384

[ Em colaboração com a Fundação EDP ]


Este livro é o primeiro de três volumes de uma biografia. Essa biografia conta a vida da Central Tejo. Longa, variada e dinâmica, é uma vida feita de várias vidas.
A primeira (1909-1990), a que corresponde este Volume I, é a vida da Fábrica da Electricidade. É uma vida de estórias e de histórias – história tecnológica, história económica, história social. Se hoje não imaginamos a nossa vida sem electricidade, pensemos o que a chegada da electricidade representou para a vida que a não tinha antes. Foi como se o mundo por ela iluminado se tivesse encantado, transfigurado, magnificado, tornando-se outro. A «Ode Triunfal», escrita, em 1914, por Fernando Pessoa através de Álvaro de Campos, é um grandioso testemunho desse relâmpago de realidade que a electricidade foi, dando à voz febril do poeta um altivo ímpeto futurista.
[…]
Ao contar a vida da Central Tejo, esta obra mostra-nos essa vida a ir ao encontro da vida das pessoas. É, por isso, que, neste lugar e nestes edifícios, os visitantes procuram uma descoberta que se parece com um reconhecimento.
A ligação da Central Tejo à comunidade, que, por mandato da empresa que a criou, a Fundação EDP, todos os dias renova e revigora, é, para nós, uma inspiração, uma responsabilidade, um desafio.
Esta biografia é uma viagem no tempo deste espaço e no espaço deste tempo. Obra de investigação histórica, colige, usa e interpreta fontes documentais e testemunhais. Para o fazer, convoca várias especialidades e disciplinas. É, por isso, que Central Tejo – Uma biografia inscreve a imagem de uma Fundação que obtém de uma grande empresa o que restitui à sociedade, entregando à criatividade e à imaginação a memória que recebe e assim acrescenta. [Fundação EDP]